NATUREZA DE OLHOS FECHADOS (2012)


Paisagens que tangem o olhar para o rumo de uma bifurcação, dois sentidos que, em um tempo próximo, poderão se encontrar novamente. Ora tais imagens se cobrem de um clima onírico e nos transportam imediatamente para esse território, ora nos fazem familiarizados com determinados elementos presentes na composição, uns de forma sutil, mas não menos envolventes, outros mais reveladores. Pontos, traços rápidos, manchas, movimentos de vai-e-vem apresentam uma natureza em tempestade, de cenário incerto, porém, se este lá se cria, é essencialmente insólito. É um devir, uma condição perene que dá impulso a um desejo sobre superfícies, que conduz nossa mirada à mesma velocidade da mudança contínua, lenta ou infinita.